A insônia é o problema de sono mais comum na população geral. Um estudo com a população adulta da cidade de São Paulo, realizado em 2007, mostrou que 45% das pessoas têm queixas de insônia, ou seja, relatam dificuldade para dormir e/ou dificuldade de manter o sono e/ou acordam muito cedo e não conseguem mais dormir. Esse problema é ainda mais grave quando acontece de maneira crônica, ou seja, varias vezes por semana e por mais de um mês.
Quem sofre mais com insônia? As mulheres têm o dobro do risco em comparação aos homens. Donas de casa têm duas vezes mais risco de ter insônia do que quem trabalha fora. Indivíduos separados e divorciados têm três vezes mais chance do que os casados. As pessoas de classe social baixa têm três vezes mais risco do que a classe alta. E os indivíduos com menor tempo de escolaridade têm duas vezes mais risco do que quem estudou por mais de nove anos.
Muitas vezes, a insônia pode estar relacionada à ansiedade, depressão, estresse ou, nas mulheres, alterações hormonais.
Quando o indivíduo dorme menos do que precisa algumas funções como atenção, criatividade, equilíbrio, memória e humor ficam comprometidas.
A falta de sono gera um efeito de estresse que faz com que o corpo aumente a produção dos hormônios da tensão (cortisol e adrenalina). Essas substâncias diminuem a ação do sistema imunológico e abrem caminho para complicações cardíacas e digestivas. Dormir menos que o necessário também aumenta a sensação de dores musculares e interfere na eliminação dos radicais livres, que são responsáveis pelo envelhecimento precoce e pela formação de vários tumores.